Ponta pé incial, primeira reunião após assinatura o contrato.

É uma etapa preliminar realizada em conjunto com o cliente, para que o arquiteto possa compreender suas necessidades e anseios para a futura casa. No levantamento são definidos os conceitos preliminares norteadores da proposta que será desenvolvida, objetivos, programa de necessidades, padrões básicos dos sistemas construtivos e acabamentos.

Nesta fase são coletados dados, indices e informações gerais para que sejam tomadas as decisões sobre o inicio do Estudo Preliminar. 

Alguns dos itens que serão levados em consideração são:

1. Levantamentos arquitetônicos, urbanísticos, topográficos; 
2. Visita de campo, observação do entorno, tipologias, redes de infraestruturas,  etc.
3. Estudos de viabilidade (técnico – legal) arquitetônica, planos diretores urbanísticos e similares; 
4. Sondagem e estudo de solo;
5. Discussões sobre o partido arquitetônico a adotar, nº de pavimentos, recuos da edificação, uso de tecnologias alternativas, etc.

Nesta etapa  são apresentados:

1. Layout do projeto;

•  Plantas impressas contendo todos os pavimentos, indicação da orientação magnética “norte”;
• disposições dos ambientes com mobiliários;
• Medidas, jardins, correspondendo toda a área do lote,  etc.

1. Apresentação da edificação; 

• Plantas impressas com elevações, cortes, detalhes e croquis da intenção proposta;
• Algumas Vistas em 3D mostrando todos os lados da edificação;
• Vídeo animado “Tour” contendo áreas externas, materiais, cores e  caminhos com aproximadamente 2 min.

Também conhecido como “Projeto Legal”, contém informações mínimas para a análise pela prefeitura ou condomínios, quando necessário. 

O projeto legal deve conter:

• Planta dos pavimentos;
• planta de cobertura;
• implantação da edificação (projeção do prédio sobre o terreno);
• 04 vistas do projeto, 02 cortes, detalhes de escada;
• Tamanhos das aberturas (portas, janelas e vãos), quadro de áreas;
• Indicação do Autor do Projeto e Responsável Técnico e outros detalhes inerentes a cada prefeitura.

Geralmente estas plantas são mono cromáticas, representadas sob norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A quantidade de plantas está ligada diretamente ao tamanho da edificação, geralmente construção até 800m² são encaixadas numa Folha A0.

As escalas exigidas são 1/100 e 1/200.

A partir destas plantas que a prefeitura emite o “Alvará de Construção” após a aprovação do projeto. Tem prazo para iniciar a obra (geralmente 06 meses) sendo cobrado a taxa de renovação até a retirada da carta de habitação.

Os projetos complementares se apresentam como o projeto elétrico, hidráulico, de luminotecnia, de telefonia, dentre outros, e possuem o nome complementares porque completam o projeto arquitetônico com informações precisas e adaptadas à ele.

Aqui estão listados alguns projetos complementares que deverão serem escolhidos e selecionados de acordo com cada obra:

• Estrutural; Fundações, arrimos, estruturas de (concreto armado, metálica, madeira, pré-moldados de concreto).
• Hidráulico; Instalações hidro-sanitárias, abastecimento, distribuição, sistemas de aquecimento de água, reservatórios, captação de água pluvial, tanques sépticos, esgotos, gás.
• Elétrico; Instalações elétricas, sistemas de energia, cargas, circuitos, pontos elétricos, fiação, potencias, correntes, distribuição, aterramento.
• Telefonia e Lógica; Redes, terminais, telefone, interfone, internet, TV a cabo, PABX.
• Luminotécnica; Iluminação especial, tipos de lâmpadas e luminárias, quantidade de potencia, localização, distribuição.
• Climatização; Ar condicionado, aquecedores, calefação, pisos aquecidos.
• Segurança; Centrais, alarmes, câmeras, sensores, cerca elétrica.
• Automação; Controle de equipamentos, sistemas de iluminação, temperatura ambiente, segurança, telecomunicações, entretenimento, etc.
• Proteção conta incêndio; Hidrantes, extintores, sprinklers, portas corta-fogo, detector de gás e calor por alarme.

Os projetos complementares são um guia para execução da obra e importante para que as necessidades do cliente ou usuário sejam transformadas na melhor solução, o que não inclui apenas estética, mas também, condições de habitação, acesso, conforto, eficiência da edificação, racionalização dos custos e melhores prazos.

De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o projeto executivo é “o conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato”. 

Ou seja, é no projeto executivo que serão reunidos todos os componentes da obra, como materiais descritivos, cálculos estruturais, desenhos, especificações técnicas e executivas, cronograma e planilhas de orçamento. 

Isso evita surpresas e erros estruturais durante a execução da obra, bem como garante a produtividade no canteiro de obras.  

Não se esqueça que é de suma importância que a construção esteja de acordo com as normas da ABNT, do contrário poderá perder sua validade, além de dificultar o processo de obtenção de alvarás e licenças para o início da obra. 

Alguns dos elementos que compõem o projeto executivo são:

• Plantas e desenhos detalhados;
• Elevações;
• Cortes;
• Cálculos estruturais;
• Especificações técnicas;
• Especificações de execução;
• Tabelas de areas;
• Quantitativo de materiais e equipamentos;
• Planilhas de orçamento;
• Preços negociados.